Como lidar com situações adversas? Como lidar com frustrações? A primeira coisa importante a fazer é assumir a responsabilidade pela criação da própria realidade. Lembram? A sua personalidade cria a sua realidade pessoal? A maneira como você pensa, o seu comportamento e a maneira como você sente forma o seu Estado de Ser (personalidade). Você pensa alegria – o cérebro produz neurotransmissores – você cria a informação da alegria – circula alegria pelo organismo – você esta alegre – você sorri. Você pensa tristeza – o cérebro produz os neurotransmissores – você cria a informação da tristeza – circula tristeza – você esta triste – você chora. Para cada pensamento que temos há a produção de uma química (neurotransmissores) que estimula o cérebro límbico a produzir neuropeptídeos que por sua vez estimula centros hormonais a produzirem os hormônios que circulam pela corrente sanguínea atingindo as células. Os hormônios unem-se a receptores nas células e formam as moléculas da emoção. Quando isso acontece, estamos vivendo uma experiência. O produto final dessa experiência é o sentimento/emoção. Para cada experiência que temos na vida há a produção dessa química que circula pelo corpo e transmite como se fosse uma assinatura energética (eletromagnética) para o campo quântico. O Estado de Ser transmite eletromagneticamente ao campo quântico pelas ondas cerebrais e pelas moléculas da emoção.
Essa química tem uma duração. Por quanto tempo você fica alegre? Por quanto tempo você fica triste? Temos o hábito de reviver emoções ruins. Todas as vezes que relembramos essas experiências ruins a mesma química que foi produzida na experiência original é produzida. Lembram? O cérebro não diferencia realidade de imaginação. A duração da química pelo organismo ou a duração das reações emocionais memorizadas é o que chamamos de período refratário. Opa! O que é isso? Período refratário? Reações emocionais?
Pois então! Período refratário é a duração da química produzida durante uma experiência. Quando estamos vivendo uma experiência produzida por um único pensamento, estamos expressando um comportamento (falando, postura corporal). A produção da química pelo neocórtex (neurotransmissores) e do cérebro límbico (neuropeptídeos) proporciona viver uma experiência. Ao mesmo tempo, estamos produzindo uma memória cognitiva e emocional dessa experiência. Estamos memorizando uma reação emocional. Alegria? Tristeza? O que está sendo transmitido? Essa reação emocional tem uma duração no tempo pela própria duração da química produzida. Qual o “teor” da experiência? Qual o teor da informação? Qual o teor da energia? De acordo com esse teor, o cérebro comporta-se como “velcro” para experiências ruins e “teflon” para experiências boas.
Quando temos uma reação emocional memorizada por algumas horas até uma semana, mais ou menos, chamamos essa reação de HUMOR. Por que você está assim hoje? Ah- eu estou desse jeito hoje porque algo ruim me aconteceu há seis dias atrás e eu memorizei em minha reação emocional. Estou de mal humor hoje. Quando essa reação emocional perdura por um mês até meses, chamamos de TEMPERAMENTO. Ah – eu tenho um temperamento explosivo ou agressivo por causa de uma experiência que tive há 6 meses atrás e eu a memorizei em minha reação emocional. Caso essa reação emocional perdure por anos, chamamos isso de PERSONALIDADE. Ah – eu sou assim tão amarga por causa daquele fato que aconteceu há 20 anos atrás. Precisamos “encurtar” o período refratário das reações emocionais ruins.
O que podemos fazer para aprimomar ou aperfeiçoar a nossa inteligência emocional? Diante desse conhecimento, Pode-se utilizar da capacidade de metacognição e “encurtar” o período refratário dessas reações emocionais. Isso é Inteligência Emocional. Diminuir ao máximo o tempo de circulação da química produzida durante uma experiência ruim. Não perpetuá-la no tempo. Deixá-la ir. Promover o conhecimento consciente dessa reação o mais rápido possível. Não trazer o passado para o presente. A meditação permite que esse fenômeno ocorra. Por isso os trabalhos demonstram os benefícios da meditação. Podemos diminuir o tempo que essa química circula pelo nosso corpo intencionalmente pela nossa vontade. Lembrem de novo: O cérebro não diferencia realidade de imaginação!
A partir do momento que compreendemos esse processo, podemos começar a utilizar da capacidade de pensar sobre o que pensamos (metacognição) para se tornar consciente de ascpectos inconscientes. Pois quando repetimos o ciclo entre pensar e sentir várias vezes ao longo do tempo, no final de anos estaremos incorporando hábitos. E hábitos são hábitos. Fazemos escolhas, ações e comportamentos de forma inconsciente. Sem a participação da mente consciente. Treinar a metacognição, então, é uma ferramenta poderosa para não deixar nossas escolhas entregues a mente subconsciente. Podemos mudar hábitos. Aliás, o melhor hábito que podemos ter é o hábito de quebrar hábitos. Quebrar o hábito de ser você mesmo. Quando treinamos a metacognição, ou seja, de pensar sobre aquilo que estamos pensando, sentindo e fazendo, estamos entrando dentro da mente inconsciente. Estamos entrando dentro do “software” instalado. Isso permite mudar a programação. Isso permite mudar o software. Isso permite entender mais os aspectos inconscientes. Isso permite mudar hábitos. isso permite “encurtar” o período refratário das reações emocionais.
Encurtar o período refratário das reações emocionais ruins. Isso é Inteligência Emocional. Podemos desenvolvê-la! Podemos aprimorá-la. Podemos meditar. Podemos criar uma nova realidade pessoal com a produção de uma nova química cerebral e corporal durante o processo de meditação. Podemos realizar um ensaio mental e dar ao cérebro uma amostra do futuro e viver esse futuro agora. O objetivo de aprimorar a inteligência emocional é viver cada vez mais as elevadas emoções e fazer com que as emoções de sobrevivência tornem-se a nossa sabedoria. Precisamos viver a gratidão. Viver o amor. Viver a admiração pela vida. Viver a ternura. Viver a alegria de viver. Viver a paz. Viver a integridade. Viver a honestidade. Viver a sabedoria. Viver o presente. Viver a sensação de capacidade de realizar. Viver uma elevada emoção para ensinar ao corpo um novo hábito. O hábito de ser feliz!
Abraços fraternos
Dr Milton Moura
adorei as informaçaõ ja tinha visto falar mas não sabia que aqui já teriamos profisiomais obrigada;
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Achei simplesmente fantástico esse post, estava outro dia conversando com uns amigos em como é difícil mantermos felizes é um exercício diário, porém quando algo ruim acontece rapidamente nosso cérebro capita a mensagem e já muda o padrão e para voltarmos ao estado de felicidade as vezes chega a demorar dias…..
Muito obrigada por compartilhar tanto conhecimento.
Abraços!
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Eis o tão esperado assunto! Sensacional essa abordagem sobre como vivemos presos aos velhos hábitos e crenças e quanto nos prejudica viver desta forma.
Eu me encontro na fase da Personalidade pude concluir lendo seu artigo, mas estou conseguindo frear as emoções, estou usando a metacognição ( tomei consciência do termo agora).
Eu era uma burra emocional …….aff……preciso saber mais por favor dr. Milton Moura.
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