Minha Felicidade: sustentando o estado de ser feliz.

Minha felicidade: sustentando o estado de ser feliz

 

 

Como é bom sentir o estado de graça chamado felicidade! Dia 20 de março é comemorado o Dia Internacional da Felicidade. E como podemos cada vez mais sustentar esse estado de ser feliz?

 

Quando pensamos em felicidade do ponto de vista do funcionamento cerebral, temos neurotransmissores, neuropeptídeos e hormônios que representam essa condição. Você já percebeu qual é a principal função do cérebro? É colocar a nossa consciência em contato com o mundo que nos cerca. O cérebro é, literalmente, um gravador. Criamos memórias desses contatos com as situações da vida, ou seja, percebemos o mundo por intermédio desse aparato de memória e percepção chamado cérebro.

 

Para poder entender o que é a felicidade, é importante compreender algumas questões importantes:

 

A neurociência contribui muito com a nossa compreensão sobre o cérebro. O sistema límbico (área cerebral destinada à coordenação das emoções) produz uma “química” adequada para cada situação que vivemos. Quando entramos em contato com qualquer situação de vida – seja ela alegre, triste, melancólica, entediante, carinhosa, afetiva, amorosa, de raiva, de ódio, de rancor, de não-merecimento, de poder, de frustração ou de abundância -, o cérebro produz uma representação de tudo isso. Nesse contexto, parece que estamos sempre em algum processo de busca.

 

Já ouviu falar que temos que buscar a felicidade? Onde a buscamos? Acredite, buscamos nas situações de vida, nas experiências que trazem a “química” das boas sensações, do estado de ser feliz, do estado de graça, do sorriso fácil, do bom humor!

 

Nessa busca por experiências felizes criamos identificações. E nos perguntamos: onde está a felicidade? Onde devo procurá-la? Como estou procurando? Existe felicidade duradoura? Será que conseguirei, algum dia, sustentar um estado pleno de felicidade? Continuarei a viver estados fugazes de ser feliz?

 

Inevitavelmente, passamos por situações de sofrimento. Como ser feliz diante dessa constatação? Um estudo sobre felicidade aponta que 40% da potencialidade de ser feliz está em nossos genes, mais precisamente na carga genética que herdamos de nossos pais. Dentro dessa fórmula da felicidade, temos que apenas 10% advém das condições de vida. Os últimos 50% devem-se às atividades voluntárias que realizamos.

 

Condições de vida

 

Imagine que você receba uma grande quantidade de dinheiro. Pode parecer que todos os seus problemas serão resolvidos. Você irá sair de uma condição de vida ruim para uma condição de vida excelente. Pronto! A felicidade está garantida. Só que não!

 

Acompanhando pessoas que tiveram condições de vida excelentes durante um ano, percebeu-se que elas mantinham um estado de ser infeliz. O contrário também pode ser observado, ou seja, sair de uma condição de vida excelente e começar a vivenciar uma condição de vida ruim. As pessoas nessa última condição tinham tudo para ser infelizes, mas após algum tempo, observou-se que elas conseguiam sustentar estados de felicidades maiores que aqueles que vivenciaram antes. Incrível isso, não?

 

A felicidade está aonde? Segundo os cientistas, 50% da capacidade de ser feliz está em ações voluntárias, aquelas que realizamos por vontade própria e espontaneamente, como ir ao cinema, fazer uma viagem, etc. Os cientistas também perceberam que quando realizamos atividades voluntárias voltadas para o bem do próximo, conquistou-se um estado de felicidade mais duradouro. Fazer o bem ao outro traz felicidade mais duradoura. Isso é fantástico!

 

Fazer a felicidade dos outros ainda é a melhor maneira de ser feliz. Fazendo os outros felizes temos a chance de encontrar nossa própria felicidade. Essa é uma compreensão que expande. Às vezes, condicionamos nossa felicidade às situações da vida que vivemos hoje. A contribuição das condições de vida no estado de felicidade é mínima!

 

As identificações

 

Nós somos muito maiores que as circunstâncias da vida. Trazemos uma essência que está sempre presente em todas essas situações, atuando como uma verdadeira testemunha de tudo o que acontece ao redor. É com essa essência que deveríamos buscar uma identificação.

 

Todas as situações da vida são impermanentes, tudo passa! A felicidade duradoura está na capacidade de encurtar cada vez mais a duração dos estados infelizes, de diminuir o tempo que a “química” produzida nessas situações infelizes circula pelo corpo e alimentar, de forma voluntária, a “química” cerebral que representa a felicidade.

 

Onde você busca a felicidade? Como você a busca? Volte seus olhos para dentro e apaixone-se por você! Queira, definitivamente, viver a vida com a sua melhor versão. Felicidades sempre!

 

Dr. Milton Moura é medico cardiologista, Ativista Quântico, palestrante e estudioso das áreas de Neurociências, Física Quântica e Saúde Mental (www.drmiltonmoura.com)

Pare, olhe e siga


Pare, olhe e siga

(Dia do Enfermo)

Dia 11 de fevereiro é considerado o Dia Mundial do Enfermo. De cunho religioso, a data foi instituída por João Paulo II em 1992 com o intuito de chamar atenção para a condição de enfermo com os seguintes dizeres: “podemos encontrar novo impulso e contribuir para a difusão de uma cultura respeitadora da vida, da saúde e do meio ambiente; lutar pelo respeito da integridade e dignidade das pessoas, abordando correctamente as questões bioéticas e a tutela dos mais fracos”.
O processo de adoecer envolve muitos fatores e de acordo com o novo paradigma quântico podemos compreender melhor essa condição. Quem adoece? O que significa os sintomas de uma doença? Podemos aprender alguma coisa quando estamos vivenciando uma doença no corpo físico? Há quem acredita que a doença pode ser também um caminho. Um caminho de aprendizagem, isto é, de autoaprendizagem. Para isso há a necessidade de perceber, de expandir a compreensão.
Quando pensamos na integridade do ser, temos que integrar corpo, mente e espírito. O corpo físico é uma possibilidade de escolha da consciência que se encontra em processo de evolução. Com base nesse sentido, os ajustes devem ser realizados. Então, a própria consciência “causa” os desajustes com o propósito de expandir e promover a saúde. Seria um movimento de cura, um movimento de retorno a harmonia.
Quando estamos enfermos, vivenciando um momento de doença PARE um pouco. OLHE o seu interior. Aproveite o momento para refletir, buscar novas possibilidades de pensar e sentir. Corrija o leme da sua vida interior. Depois, SIGA adiante. Pare, olhe e siga. Seja grato pelo aprendizado. Faça a “química”da gratidão circular pelo seu corpo físico restituindo a saúde e a harmonia. Utilize a neuroplasticidade em seu benefício.
A medicina evoluiu muito na compreensão das doenças do corpo físico. Temos muitos recursos para tratar e ajudar o corpo físico a retornar ao seu funcionamento harmônico. Talvez, nesse momento evolutivo que vivemos, seja importante prestar atenção no universo interior, em nossa saúde mental, em nossos pensamentos, em nossos sentimentos. Tornar-se consciente dos processos inconscientes utilizando da capacidade de metacognição, o que é isso? Pensar no que se pensa. Isso pode fazer a diferença para a conquista de uma saúde integral: corpo, mente e espírito.

Abraços fraternos

Dr Milton Moura

Imaginação pode tornar-se realidade?


Você sabia que o cérebro não diferencia realidade de imaginação?
Quando observamos qualquer objeto externo à nossa percepção, requisitamos uma sequência de neurônios e padrão de disparos cerebrais. Se estamos imaginando um objeto, o processo é o mesmo: a mesma sequência de neurônios e de padrão de disparos vão criar uma representação, ou seja, uma imagem que representa esse objeto. Por isso, o cérebro não diferencia realidade de imaginação.

Hoje, com o avanço da tecnologia de mapeamento cerebral, conseguimos visualizar o cérebro em seu aspecto dinâmico e compreender ainda mais a consciência. Ao realizar uma ressonância nuclear magnética funcional é possível identificar o funcionamento cerebral de uma forma dinâmica, ou seja, podemos estudar o cérebro vivo. Com o acender e o apagar de algumas luzes que acontece durante os disparos das sinapses, conseguimos identificar quais áreas cerebrais estão sendo ativadas de acordo com o teor do pensamento e do sentimento.

Isso proporcionou um avanço muito grande na compreensão dinâmica do funcionamento do nosso cérebro e também da nossa consciência, porque agora é possível instituir algumas mudanças a partir desse conhecimento para adquirir um bem-estar e superar o estresse. Isso acontece porque ao identificar esses circuitos, é possível através de um processo de meditação, por exemplo, fechar os olhos, eliminando qualquer estímulo do meio externo e a única realidade que sobra é o mundo interior, que pode ser como cada um desejar.

Durante o processo de meditação, o que acontece com o nosso cérebro é real. Continuamos produzindo a mesma química se estamos apenas fazendo um ensaio mental. Isso proporciona uma grande modificação em nossas vidas. Por isso, sempre incentivo a prática da meditação.

Um experimento incrível embasa essa habilidade que o cérebro tem de utilizar os mesmos circuitos durante a percepção de uma realidade externa e de uma realidade interna. Foi solicitado a um grupo de pessoas que sentassem ao piano e treinassem determinado acorde musical. Eles iriam ficar sentados ao piano durante uma hora, por 30 dias, treinando o acorde. A um outro grupo de pessoas foi solicitado que apenas imaginassem que estavam sentados ao piano treinando esse acorde musical, durante uma hora, por 30 dias.

Ao final desse experimento, ambos os grupos foram analisados. Foi feito um mapeamento cerebral dos participantes e não houve diferença entre um grupo e outro. As mesmas áreas cerebrais foram ativadas.

Por isso, sempre que você desejar uma mudança em sua vida, inicie imaginando como será quando você já tiver alcançado seu objetivo. Assim, sua consciência agirá rumo ao sucesso.

 

Dr. Milton Moura é Cardiologista, especialista em Desenvolvimento Humano, Ativista Quântico e Palestrante (www. drmiltonmoura.com)

Por que acreditamos naquilo que acreditamos?

FORMAÇÃO DAS CRENÇAS
O que nasce primeiro? A crença ou o conhecimento? A crença converte-se em conhecimento ou o conhecimento converte-se em crença. Em que quero acreditar? Você acredita em Deus? Você acredita em Reencarnação? Você acredita na teoria da evolução de Darwin? Você acredita em anjos? Você acredita na ciência? Pois bem, como construimos nossas crenças, ou melhor, como acreditamos no que acreditamos? Algumas pesquisas foram realizadas. Uma delas de 2009, entrevistou 2303 pessoas pedindo que elas indicassem com sim ou não se acreditavam em cada uma das categorias listadas abaixo. Os resultados foram reveladores.
Deus 82%

Milagres 76%

Céu 75%

Jesus é filho de Deus 73%

Anjos 72%

Imortalidade da alma 71%

Ressurreição de Cristo 70%

Inferno 61%

Virgindade de Maria 61%

Demônio 69%

Teoria da evolução de Darwin 45%

Fantasmas 42%

Criacionismo 40%

Ovnis 32%

Astrologia 26%

Bruxas 23%

Reencarnação 20%
Pessoas acreditam mais em anjos e demônios do que na teoria da evolução!

Uma porcentagem grande da população acredita no sobrenatural e no paranormal.

Conhecimento e crenças coexistem. Uma sociedade progride rapidamente quando as duas necessidades humanas – a crença e o conhecimento – se encontram e se harmonizam. Fatos e crenças coexistem.
Como a ciência contribui para a formação do sistema de crenças através da metodologia científica? Pode-se ensinar a metodologia científica nas escolas e universidades, mas será que isso muda as coisas? Por que as pessoas acreditam? O sistema de crença das pessoas torna-se uma poderosa, penetrante e duradoura ferramenta de conduta. As crenças nascem, se formam, se alimentam, se reforçam, são contestadas, mudam e se extinguem. Por que as pessoas acreditam em alguma coisa? Construímos nossas crenças por várias e diferentes razões subjetivas, pessoais, emocionais e psicológicas, em contextos criados pela família, por amigos, colegas, pela cultura e sociedade. Uma vez consolidadas essas crenças, nós as defendemos, justificamos com uma profusão de razões intelectuais, argumentos convincentes e explicações racionais. Primeiro surgem as crenças e depois as explicações. Segundo Einstein, a teoria determina aquilo que podemos ver. Nosso cérebro foi esculpido durante os evos da evolução para “fazer” as crenças. Como vimos anteriormente, em post sobre o novo inconsciente, o cérebro possui um processamento inconsciente responsável pela formação de padrões de disparos dos neurônios onde a consciência busca e fornece os significados através da mente. O cérebro não consegue se perceber. O cérebro é matéria e não possui a capacidade de auto-observação. A mente, ao contrário, consegue perceber-se Você se percebe no ato da percepção. Você é o sujeito e o objeto ao mesmo tempo. No processo de percepção nasce a autoreferência, o “self” da experiência.
Os dados fluem através dos sentidos em uma atitude de cocriação da realidade através das possibilidades da matéria, isto é, do colapso da função de onda da matéria pela consciência. O cérebro/mente/consciência naturalmente começa a procurar e encontra padrões, aos quais então infunde significado. O Primeiro passo é a busca de padrões (padronicidade), isto é, a tendência de encontrar padrões significativos em dados que podem ou não ser significativos. O segundo passo é a capacidade que temos de dar aos padrões significado, intenção e ação. Padrão e ação. Padronicidade e acionalização. Buscamos a todos os instantes conexão entre os pontos de nosso mundo em padrões significativos, capazes de explicar por que as coisas acontecem. Esses padrões significativos se tornam crenças.
Depois de formadas as crenças, o “intérprete” dentro do hemisfério esquerdo começa a procurar evidências que as confirmem, o que aumenta a confiança emocional e acelera o processo de reforço dessas crenças. Há um processo contínuo de reforço e confirmação das crenças. O sistema de crenças está dentro desse processamento inconsciente e é envolvido pelo conceito do novo inconsciente. A ciência ajuda na construção do sistema de crenças das pessoas? Como não!!! As mudanças de crenças ocorrem mais frequentemente na ciência, mas não com a frequência que se poderia esperar diante da imagem idealizada do cultuado “método científico”, para o qual apenas os fatos importam. Mas os cientistas são seres humanos, sujeitos como qualquer um aos caprichos da emoção e à influência dos desvios cognitivos quando moldam e reforçam suas crenças.
O cérebro/mente/consciência também atribui valor sobre as crenças. Aliás, somente a consciência consegue processar valores. Nenhuma outra máquina tem a capacidade de processar valor. Nesse processamento inconsciente, onde ocorre o nascimento, formação e concretização das crenças, vamos atribuindo significado e valores e buscando na convivência e na experiência diária outros companheiros que possuem idéias afins e a rejeitar os que têm crenças diferentes. Assim, quando tomamos conhecimento de crenças que diferem das nossas, temos a tendência de rejeitá-las ou destruí-las por considerá-las absurdas, más, ou ambas as coisas. Essa propensão torna ainda mais difícil mudar de opinião diante de novas evidências.
O ponto a partir do qual uma sociedade não consegue mais descobrir uma saída para seus problemas é chamado de LIMITE COGNITIVO. Será que estamos vivenciando esse limite cognitivo agora. Dificuldade em adquirir conhecimento através das injunções previamente formuladas e como consequência dificuldade em encontrar soluções para a complexidade dos problemas que enfrentamos? Os estudos sociológicos tem demostrado que em todos os aspectos atingimos um limiar, um limite de resolução de problemas, e somos “forçados” a encontrar soluções sistêmicas e complexas para problemas sistêmicos e complexos. O método científico muitas vezes é o responsável por crenças que canonização a correlação. O que é isso? Na busca por explicações e conhecimento, as pessoas do meio científico confundem “correlação” com causalidade. Acabam fazendo uma falsa correlação e aceitam a correlação como substituta da causalidade; usam a engenharia reversa para manipular evidências e contam com o consenso para a determinação de fatos básicos. Essa “supercrença” da correlação falsa tem efeitos nocivos e acabam determinando comportamento. Vejamos alguns exemplos de falsa correlação: “Ventilador no quarto parece diminuir risco de morte no berço”; “Envio de mensagens escritas aumenta a capacidade linguística”; “Estudo sugere que frequentar uma igreja reduz o risco de morte”; “Implante de seios reduz risco de câncer, mas aumenta tendência de suicídio”; “TV ligada perto de crianças perturba sua atenção”; Alguns tipo de câncer aumentam o risco de divórcio”; “Comer peixes gordurosos reduz risco de demência”; “Pais rigorosos têm filhos gordos”; “Letras de músicas sensuais motivam adolescentes a fazer sexo”. e etc, e etc. Quando começamos a procurar por elas a lista vai longe, as correlações falsas estão por toda parte.
As crenças coordenam as percepções. Através da percepção vamos construindo nossas memórias. A criatividade quântica – capacidade da consciência em evoluir – talvez seja o ponto a ser incentivado no atual estágio evolutivo pela qual estamos passando. Ao mesmo tempo, caminhando em busca da coerência cardíaca, ou seja, um alinhamento entre o que se pensa e o que se sente refletindo as ações. Podemos construir crenças, desfazer-se de crenças limitantes! Isso poderá fazer diferença no mapeamento do nosso futuro.
Abraços fraternos
Dr Milton Moura

Contextos e Significados. Como a mente dá significado?

Probabilidade…Possibilidades…Ondas

A física quântica compreende a matéria como sendo ondas de possibilidades e passa a ser conhecida como a física das possibilidades. Esse conceito cria um novo paradigma capaz de fornecer um contexto diferente para significados também diferentes. A substância de que é feito qualquer objeto material externo é a mesma substância que é feito qualquer objeto mental (Pensamentos).

O externo passa a existir realmente quando surge a representação no cérebro do objeto corpóreo que está sendo percebido. Qualquer objeto corpóreo externo só passa a existir quando é formada uma imagem através dos circuitos cerebrais disponíveis. Feche os olhos. Imagine o objeto corpóreo que você percebeu. O mesmo circuito – exatamente o mesmo – utilizado na percepção da realidade é utilizado durante a imaginação. O cérebro não consegue diferenciar realidade de imaginação.

Durante a percepção ocorre um fenômeno que pode ser considerado “ilusão”: a separação do objeto percebido do sujeito que percebe. Essa separação intriga até hoje os neurocientistas haja vista que é praticamente impossível explicar o surgimento do sujeito da ação baseando-se única e exclusivamente nas interações materiais. Ou seja, como o sujeito que percebe a ação surge das interações de milhares e milhares de neurônios que formam os circuitos cerebrais. Esse é considerado o problema difícil pela neurociência.

A solução para esse enigma torna-se até simples quando admitidos ser a consciência a base de tudo. A consciência escolhe dentro das possibilidades e durante o fenômeno da percepção há uma identificação da mesma com o cérebro. Surge, então, a “ilusão da separação entre sujeito/objeto. Mas para que ocorra a percepção do objeto corpóreo, há uma verdadeira interação das diversas informações advindas de todo o organismo. As informações de todo o funcionamento biológico como postura, posição espacial, contração milimétrica dos músculos oculares e etc são simultâneos ao processo de percepção.

A percepção é ainda capaz de gerar memória. A memória é utilizada para novas percepções. Percepção e memória. Uma necessita da outra. Essa circularidade também pode ser explicada pela física quântica ao admitir ser a consciência o verdadeiro poder causal por detrás dessa interação. A consciência escolhe. A matéria e energia são possibilidades de escolha da consciência.

Abraços fraternos!

Dr Milton Moura

O que é para sempre? E o que não é?

IMPERMANÊNCIA

SITUAÇÕES DA VIDA

Vamos utilizar a visão mental para “percebermos” um fato importante. Vejam com seus próprios “olhos internos” a diferença que há entre VIDA e SITUAÇÕES DA VIDA! Há uma lei universal que retrata a impermanência de todas as coisas externas. Nada é para sempre. Até mesmo o “para sempre” acaba. Aqui reside uma observação importante: caso haja uma identificação da mente com o aquilo que é apenas externo haverá indubitavelmente sofrimento. O sofrimento nada mais é que um certo distanciamento da consciência impelida pela mente e suas identificações. A consciência é a base de tudo! Ela escolhe dentro das possibilidades. A realidade de cada um de nós assim é formada. A presença da consciência “perturba” as possibilidades da matéria e a realidade se faz. A atenção e a energia focada confere o caráter de realidade de tudo.Quem é você? Eu sou médico. Não, eu não perguntei sua profissão, eu perguntei quem é você? Eu sou o Milton. Não, eu não perguntei o seu nome, eu perguntei quem é você? Eu sou… Quem é você? Estamos vivenciando várias situações em nossas vidas e conforme a identificação da consciência ou valor extraído pela mente dessas situações é que proporcionará sofrimento ou não. Eu sou a tristeza… Eu sou a alegria… Eu sou o medo… Eu sou a ansiedade… Eu sou a decepção… Eu sou a revolta… Eu sou minha profissão… Eu sou meus bens materiais… Eu sou a raiva… Eu sou a gratidão… Quem é você? Quais são suas identificações? Essas identificações são impermanentes. Elas obedecem a um ciclo que possui início, meio e fim como o ciclo de nascimento e morte.

A vida é muito mais que as próprias situações impermanentes. Durante a vida, passamos por vários ciclos que tem uma extensão no plano do tempo e espaço que estamos presentes. Nascimento e morte. Vários outros ciclos ou “dramas” da vida servem para o aprendizado. Quando mais consciência trazermos para cada situação de vida, menos sofrimento provocaremos para nós mesmos. Quando menos identificação com as diversas situações e mais observadores nos tornarmos delas (as situações), mais paz e presença conquistaremos. Esse fato é corroborado pela neurociência e a capacidade de visão mental que todos nós possuímos. O oceano interno de sensações é rico. Manter a atenção consciente é um treinamento que poderá trazer benefícios em todos os setores da vida. Não importa se estamos vivendo na abundância ou não. Não importa se hoje vivemos na alegria ou na tristeza. Não importa as polaridades que estamos vivendo. Importa sim, que dessa polaridade podemos extrair a sempre presente consciência de todas essas situações e adquirir a presença divina e serena do SER. A impermanência de todas as situações irá se dissolver. O passado irá se dissolver com a presença do espírito em cada situação do aqui e agora, que é a única coisa que realmente existe. O momento sempre presente se renova a cada instante e a cada instante estamos criando a realidade. Se focarmos a “energia” da atenção no momento atual, trazendo a consciência para o que temos hoje, aqui e agora, tanto passado (culpa, ressentimentos, mágoas e etc) quanto futuro (ansiedade e etc) irão se dissolver por falta de “energia”. A energia que mantém “vivo” o passado e o futuro, que não existem ou que já existiram, se dissipa e é utilizada para o aqui e agora da realidade presente. Simples e difícil assim. Simples e complexo assim.

A mente é poderosa e, na maioria das vezes, está a serviço do EGO e suas identificações por fornecer uma “energia” às situações da vida e manter essa identificação para satisfazer o próprio EGO. Seja em discussões de diversidade de pontos de vistas. Seja na busca em sempre querer estar com a razão. Seja em qual polaridade for. Essa é a casa do EGO. Quando a consciência está presente no momento atual, nós podemos manter nosso ponto de vista com assertividade e compaixão e sem exclusão. É uma atitude inclusiva e não exclusiva. Como isso é difícil na prática do dia a dia! Essa visão tem ficado mais clara para mim de pouco tempo para cá. Já passei por situações onde o EGO falou mais forte em querer defender esse ou aquele ponto de vista com a intenção de sempre querer ter razão. Se vocês analisarem alguns dos meus textos perceberão essa fase. Está tudo certo! Como diria um amigo. Realmente está tudo certo. Nada acontece em nossas vidas que não seja necessário para a nossa evolução. Encarar as adversidades como oportunidades é um ponto de partida. Desenvolver e aprimorar a capacidade de visão mental com a “observação” das diversas situações da vida sem a identificação do SER com as mesmas é um dos caminhos para valorizar a vida. Tudo isso, reflete o que “buscamos” com o estado de coerência cardíaca. Perceber e observar o que sentimos, como testemunhas do mesmo. Perceber e observar o que pensamos, na mesma atitude de testemunhar o pensamento. Perceber e observar, principalmente conhecer-se a si mesmo, durante as ações e comportamentos. Essa tradução é essencial se acreditamos que a felicidade está na consciência e podemos trazer a consciência para dissolver as inconsciências das situações da vida.

As situações da vida são impermanentes. A vida é permanente. A essência divina dentro de cada um de nós é permanente. A consciência é a base de tudo. Não a consciência egóica das identificações. Quem é você? Mas, sim a consciência cósmica, universal, Deus, qualquer nome que você queira dar para traduzir, mesmo que imperfeitamente, a sensação forte e presente que temos algo de essencial dentro de cada um de nós que nos impulsiona para irmos adiante seja em qualquer situação de vida que estejamos vivendo, pois em última instância, essas situações de vida são criadas por nós mesmos em um ciclo constante de evolução. Tudo o que acontece na sua vida, aceite isso, é o que é necessário para sua evolução. Não há necessidade alguma de se identificar com o sofrimento, pois ele é apenas uma ferramenta, dentre as muitas disponíveis, que reconduz o SER para “tornar-se” cada vez mais consciente e presente. Um dia o ciclo de nascimento e morte pode acabar. Esse dia, talvez, será o dia que perceberemos que nenhuma situação da vida, dentro da polaridade, irá “causar” nenhuma reação de luta ou fuga dentro da nossa essência. A presença consciente não mais terá inconsciências e tudo saberá. As coisas serão como são. Tudo será como é. Tudo está certo!

Abraços fraternos

Dr Milton Moura

Entendendo a complexidade de tudo.

                                                     
O arquiteto americano Bryan Berg terminou o maior castelo de cartas do mundo. Isso ocorreu em 2010. Há uma metáfora por detrás desse castelo. Justamente a de um mundo altamente complexo e interligado em que vivemos hoje. Como chegamos até aqui? A réplica do castelo de cartas de Bryan Berg demonstra como a complexidade traz consigo a interdependência e ao mesmo tempo a fragilidade desses sistemas a mercê de eventos não previsíveis. Uma ratazana poderia passar por ali e colocar abaixo toda a complexidade dos mais de 4000 mil baralhos utilizados na construção. Observamos um aumento da complexidade de todos os sistemas envolvidos em uma sociedade. A energia elétrica produzida nas usinas hidroelétricas é fundamental para o funcionamento da internet. Um colapso no funcionamento da internet poderia provocar danos irreparáveis na segurança, na saúde e em diversos setores. Eventos naturais e também eventos provocados pelo homem podem interferir na interconexão dos sistemas. Os seres humanos, que há mais de 150.000 (Cento e cinquenta mil) anos vem mantendo presença no planeta Terra, passando por modificações anatômicas, morfológicas, emocionais, comportamentais. É fascinante percebermos o processo evolutivo. E é ainda mais fascinante pensarmos sobre a vida e como a compreendemos. É imprescindível que consigamos enxergar a necessidade atual que todos nós temos de despertar para uma realidade onde a consciência seja valorizada como poder causal fundamental. Seja refletindo sobre a evolução e a incompletude das teorias que tentam compreender o processo evolutivo, seja refletindo sobre as diversas áreas do saber humano, seja pesquisando e estudando aspectos científicos objetivos, seja buscando auxílio no campo filosófico do pensar, seja dando vazão a criatividade interna e externa, situacional e fundamental, seja ouvindo e refletindo sobre ideias contrárias, seja buscando opiniões em todas as áreas da sabedoria humana, seja em leituras de textos de pessoas que já pensaram no assunto, chegamos a constatação de que: Somos vivos e temos consciência disso. Pensar em consciência nos dias de hoje é fundamental. A evolução da percepção humana sobre si mesma progrediu muito e dentro dessa evolução de percepção há uma motivação inquietante de buscar explicações para uma infinidade de incertezas. Muito além de questões filosóficas sobre nossas origens, sobre se há algum propósito em viver e da forma como vivemos, se há um motivo para as dores e sofrimentos, se realmente há necessidade de sofrer e por que? Qual a nossa destinação ou predistinação? Somos livres? Temos realmente liberdade em nossas escolhas? Ou somos como feito pedras em queda livre pensando que podemos escolher o nosso destino? Essas questões ficam sem respostas, ou apenas com respostas simplórias, se não tentarmos compreender a realidade completa pela qual somos formados. 

Temos discutido muito as ideias da física quântica e seus princípios que nos conduzem para compreender um novo paradigma. Um conjunto teórico de ideias e comportamentos que regem as decisões dos seres humanos. Muitos paradigmas já nortearam essas condutas. Muitos paradigmas já alimentaram as guerras, destruições, separações por não preverem o processamento de valores. Houve época onde os seres humanos buscavam explicações racionais para suas dúvidas e para fenômenos observados e quando não as encontravam na ciência incipiente, atribuía-se explicações a causas sobrenaturais. Uma era onde o místico era importante e os milagres eram atribuídos a causas que não tinham explicações plausíveis dentro da sabedoria da época. Era uma época organizada e satisfez durante certo tempo e a convivência entre ciência e religião foi orgânica. Porém esse aparente equilíbrio foi quebrado pela revolução das máquinas e o mecanicismo newtoniano. A física de Newton é possuidora de uma filosofia determinista onde admitia-se que sabedor das condições iniciais e das forças envolvidas no sistema, podia-se prever a trajetória, isto é, determinar o destino. A biologia, a medicina, o direito, a psicologia sofreram influências desse paradigma determinista. A metáfora de máquina ainda hoje repercute em nossas mentes e condutas. No início do século XX, os quantas foram teorizados. Pacotes de energia discreta com a capacidade de fazer algo acontecer foi identificado inicialmente por Planck e depois confirmado pelos trabalhos de Einstein em seus experimentos do efeito fotoelétrico. A matéria, antes vista como feita por “blocos de concretos”, agora passou a ser compreendida dentro de um espectro de probabilidade de existir. A luz possui um comportamento ondulatório e simultaneamente um comportamento corpuscular. Desse comportamento íntimo dos constituintes submicroscópicos da matéria emergiu o conceito da incerteza. Em um campo fundamental, onde a matéria nasce, não há certezas. Há, sim, probabilidades e com ela as possibilidades e as incertezas. Nasce uma ferramenta poderosa de cálculos de probabilidade: mecânica quântica.

 

A mecânica quântica consegue prever apenas a probabilidade de um életron existir. Em cada experimento realizado para se detectar o elétron e sua trajetória pode-se apenas prever a possibilidade dele existir, mas nunca o elétron real. Não há trajetória que possa ser prevista quando estamos considerando objetos quânticos como o elétron. O átomo e seu modelo foi totalmente reconsiderado. O nascimento da luz (salto quântico e flutuações quânticas) é até hoje envolto em mistérios. O que é capaz de perturbar o “tecido” do espaço onde está inserido o átomo capaz de nascer a luz? Bom, ainda voltarei a esse assunto. Até a descoberta da física quântica, o observador não era considerado importante nos experimentos. Hoje, com o conhecimento da interconexão quântica existente entre todos os objetos quânticos, o observador é levado em consideração com papel fundamental. O observador é capaz de perturbar e interferir com o sistema que está sendo experimentado. O observador e aquilo que está sendo observado formam um todo inseparável e influenciam no resultado do experimento. Se a mecânica quântica é capaz de prever apenas a probabilidade de existência do elétron, fica a pergunta que não cala: O que causa a realidade então? Nasce uma interpretação audaciosa da física quântica que considera o papel do observador como fundamental. Nasce a interpretação da física quântica que considera a consciência como algo fora do sistema da mecânica quântica capaz de perturbar o sistema e provocar o colapso da função de onda do elétron e transformá-lo em realidade. A dualidade onda-partícula adquire um intermediário que é a consciência. A consciência é o verdadeiro poder causal da matéria. Sem consciência não haveria a realidade como a conhecemos. Daí, grandes pesquisadores, admitirem em uma época onde pouco se compreendia sobre esses fenômenos, afirmarem que nós criamos a realidade. Foi uma época onde as intenções de criar coisas materiais ganhou força. Bom, se eu sou capaz de criar a minha realidade, então eu quero uma BMW na garagem! Época ingênua. Há uma profundidade maior nessa descoberta. Uma profundidade muito maior que os desejos do EGO. Aqui nasce outra interpretação da física quântica: As escolhas são feitas por uma consciência que está além da consciência imediata(consciência egóica). Essa consciência que está além da consciência imediata é a consciência cósmica. Nasce um novo Deus. Nasce uma consciência cósmica não mais separada. Morre o Deus infantil personificado e nasce um Deus cósmico que participa ativamente e objetivamente das escolhas de suas criaturas. Nasce a Causa Primeira de todas as coisas, O Todo-Poderoso, Ser Supremo, Suprema Bondade, Altíssimo, Ser Divino, Divindade, Deus Pai, Rei dos Reis, Criador, Autor de Todas as Coisas, Criador do Céu e da Terra, Luz do Mundo e Soberano do Universo. A grande maioria das pessoas acreditam em um Deus que é um ser todo-poderoso (onipotente) que tudo sabe (onisciente) e dotado de uma bondade infinita (onibenevolente): que criou o universo e tudo o que nele existe; que é preexistente e eterno, um espírito incorpóreo que criou, ama e pode dar aos homens a vida eterna. Todos essas atribuições são construções humanas na tentativa de compreender a consciência cósmica que interconecta todos os seres sencientes. Hoje a ciência quântica consegue devolver Deus para a própria ciência e mais, consegue integrar aspectos que percorreram um trajeto separado até então: ciência e espiritualidade. Aspectos transcendentes agora podem ser compreendidos de maneira objetiva. Como o transcendente comunica-se com o manifesto? A resposta está na física quântica e na interpretação da filosofia idealista monista da realidade onde a consciência é considerada a base de tudo.

 

Dessa maneira, integramos a separação existente entre ciência e religião, entre ciência e espiritualidade. Podemos conversar e pesquisar os fenômenos da psique humana e todos os aspectos sutis, particulares e internos da mente humana. Integrados e cocriados simultaneamente com a matéria física corpórea dos 70 trilhões de células que constituem o corpo humano. Conseguimos valorizar a energia vital e resgata-la para a biologia convencional que ainda está incompleta. Conseguimos pensar em um novo paradigma para a medicina onde as condutas levarão em consideração esses aspectos sutis, pois neles estão situados as verdadeiras causas das diversas patologias que afetam a saúde humana. Mudança de paradigma. Mudança de capacidade teórica que orienta a prática e as ações. Mudança de paradigma que impulsiona o ser humano para a necessidade da transformação íntima a fim de alcançar o propósito da evolução. Exatamente isso. Avanço tecnológico, computadores de última geração, computadores quânticos, processamento de informações cada vez mais complexas são construções externas.O cérebro humano tem dificuldade em lidar com a complexidade. As vezes, eventos não previsíveis também acontecem na vida e impulsionam para decisões e soluções novas. As vezes, esses eventos acontecem para diminuir a complexidade até um estágio mais simples que permita uma evolução. Muito mais que a tecnologia externa precisamos da “tecnologia” interna que é capaz de acessar uma rede energética de poder incomensurável capaz de criar a sua própria realidade. Educação das potencialidades do EGO. Motivações. A cada momento podemos fazer um destino diferente. A cada momento podemos colapsar uma possibilidade diferente e escrever histórias diferentes. A cada momento, a cada instante realizamos escolhas ainda baseadas em hábitos e condicionamentos. A cada momento podemos dizer não aos hábitos e condicionamentos e seguirmos um caminho diferente: o caminho do coração.

 

Abraços fraternos

 

Dr Milton Moura

O que é esse tal PROCESSAMENTO INCONSCIENTE?

INTEGRAÇÃO SUJEITO/OBJETO

Como o objeto se integra com o sujeito

Mente consciente e Mente inconsciente

 

Estamos a todo instante sob influência da mente inconsciente. Como vimos em outras oportunidades o novo inconsciente tem surpreendido os cientistas da área neurológica (neurociências). A mente inconsciente é surpreendentemente grande, muito grande e poderosa capaz de processar uma quantidade de informações que nem a nossa imaginação consegue imaginar. Cerca de 95% de todas as informações são processadas pela mente inconsciente. A mente consciente representa 5% de toda a atividade, e nem por isso se torna menos importante, ficando com a responsabilidade de alçar vôos maiores em direção ao mundo externo. O inconsciente fica com o trabalho pesado, por assim dizer, e o consciente fica livre para a exploração do mundo externo. Outro fato que temos conversado muito é justamente sobre o mundo externo (mundo corpóreo). Quando lançamos os olhos para perceber o mundo é como se houvesse uma verdadeira “integração” entre o mundo externo (objetos) e o sujeito que percebe (o observador). Constata-se uma separação aparente entre o sujeito e o objeto, mas vejamos então como ocorre essa integração entre ambos. Como podemos superar essa separação aparente? Como o mundo externo é capaz de “causar” uma modificação no sujeito e como o sujeito é capaz de se integrar com o objeto percebido? Criamos a realidade… Como?

 

Foi um avanço enorme para a neurociência admitir a existência do processamento inconsciente. Até então era difícil admitir que “forças subterrâneas” influenciavam as decisões no campo consciente. Mas é exatamente isso o que ocorre. Para que a mente consciente possa lançar-se para a exploração exterior e a sua integração com esse mundo externo cocriando-o, uma quantidade enorme de processamento sem percepção consciente está ocorrendo. Conquistas evolutivas da consciência (essência do ser). Desde um ser unicelular até um ser pluricelular (70 trilhões de células no ser humano) muitas conquistas foram adquiridas e mais informações foram designadas para o processamento inconsciente. A complexidade do funcionamento do corpo humano obedece a uma inteligência que não pode ser exorcizada, por mais que tentem. Reações químicas inteligentes e com propósitos ocorrem aos milhões em nosso organismo. Controle da produção de hemácias pela medula óssea. Controle do pH celular para que essas reações ocorram dentro de um equilíbrio dinâmico. Controle da produção de hormônios pelas glândulas endócrinas. Toda função biológica parece obedecer a um próposito. Há uma inteligência em todo esse processamento inconsciente. Tudo ocorrendo sem a percepção consciente. Enquanto “olhamos” o mundo, há um trabalho a ser realizado pela mente inconsciente. Um mundo de possibilidades ocorre no inconsciente. A criatividade biológica está ai contida. Criatividade inerente a consciência que utiliza das possibilidades das interações materiais para que ela seja eficaz e perceptível.

 

O mundo externo existe “para nós”. A percepção sensitiva assim o detecta. Olhamos o mundo e interagimos com ele em uma relação de mútua influência. Para perceber um simples objeto qualquer (uma maça por exemplo) há uma complexidade de fenômenos necessários para essa percepção. O objeto percebido provoca uma série de alterações no organismo que o percebe. Eis a integração. Uma maça para ser percebida provoca várias reações no organismo percebedor. Ela sensibiliza as células da retina que responde ao comando eletromagnético da luz que chega até ela. Essa excitação já contem as informações inerentes a esse objeto (a maça). Essas informações chegam até ao cérebro sob potencial elétrico e os neurônios especializados de alguma maneira criam a representação mental do objeto. Nesse momento, simultaneamente, o cérebro coordena os batimentos cardíacos, o funcionamento renal, os diversos posicionamentos e controles musculares para que os olhos se movimentem adequadamente, o cerebelo responsável pelo equilíbrio mantém estável todo o organismo para que o cérebro possibilite a representação mental dessa maça. Ela passa, agora, a integrar o mundo interno do organismo. Ela sai do exterior e agora habita o interno através da representação mental. Houve uma verdadeira integração entre o objeto externo e o sujeito que percebe. O objeto causou uma série de modificações necessárias para que houvesse a percepção do mesmo. Esse fenômeno ocorre a cada instante. A matéria do mundo externo é a mesma matéria do mundo interno. A maça externa passa a existir no momento em que a maça interna foi representada através dos disparos de milhares e milhares de neurônios. Mente consciente e mente inconsciente guardam uma correlação íntima e inseparável.

 

A física quântica permite essa compreensão ao admitir que o mundo externo e todos os objetos do universo são ondas de possibilidades e a consciência (essência do ser) é capaz de provocar o colapso dessa função de onda. Portanto, mundo externo e mundo interno são feitos da mesma substância. Não há, na realidade, a separação constatada pela cisão entre o sujeito e o objeto. Há consciência em tudo. No objeto percebido e no sujeito que percebe. Há uma realidade fundamental que merece ser percebida a todo momento. Realidade essa que conecta todos e tudo. Então, por que toda vez que eu chuto uma pedra essa separação insiste em aparecer? A fixidez da matéria é fundamental para que haja compartilhamento de experiências e a consciência possa aprender e conhecer. O propósito da evolução é o crescimento e expansão da consciência para que ao aproximar cada vez mais dessa compressão possamos fazer as escolhas baseadas nessa consciência universal e superarmos a consciência egóica que faz identificações com aquilo que é percebido. Essa identificação deve acontecer com a essência, a chama, o eu, a consciência dentro de cada um de nós. Em breve conversaremos mais sobre essas identificações que nos afasta da felicidade. Por hoje, ressalto a importância da mente inconsciente que se comporta como se fosse essa “força subterrânea” que coordena as ações no consciente influenciando nossas decisões. A medida que superarmos essas inconsciências (Tornar-se consciente dos processos inconscientes) e trouxermos mais luz para a consciência, mais conhecedores de nós mesmos nos tornaremos.

Abraços fraternos

 Dr Milton Moura

Um chamado à vida!

Somos humanos!

Vivemos!

Morreremos!

O que fazer com esse determinismo?

Viver os dias! Já que fatiamos o tempo em segundos, minutos, horas, dias, anos, décadas, séculos, milênios etc… Vivamos cada instante!

Talvez seja interessante pensar na imortalidade, não do físico, mas da alma.

Tudo é transitório.

O que é definitivo, então?

Você e sua essência: a consciência.

Essa sempre estará presente, em qualquer época, em qualquer tempo.

Tudo o que fazemos fica registrado?

Onde?

Quais são nossas memórias? Nossos vínculos?

Isso é importante?

São nossas memórias que orientam a nossa percepção do mundo. São nossas percepções do mundo que geram nossas memórias.

Memória e percepção!

Percepção e memória!

Vamos morrer! O físico tem um tempo determinado. Mas…

E nossas memórias?

E nossas percepções?

A resposta está na física quântica.

Ciência e filosofia.

Matéria e espírito.

Em que você crê?

Na matéria?

No espírito?

Em ambos?

Então, jamais você morrerá.

A consciência continuará ativa e vivente, seja em que plano for.

Apenas que essa compreensão acompanha um senso de responsabilidade diferente.

O que estamos fazendo para melhorar e educar nossa consciência?

Você ainda coloca sua vida na dependência de forças externas?

Quem controla a sua vida?

Seja responsável por ela!!

Faça o bem e seja o bem em sua vida.

Transforme-se! Mude seu estado mental. Sintonize novos potenciais. Traga o novo para sua vida!

Aproveite o convívio para exemplificar coerentemente aquilo que pensa e sente.

Somos seres espirituais em evolução.

Você acredita nisso?

Expanda sua consciência.

Você fica triste com a negatividade coletiva?

Eu entendo!

Cada um compreende aquilo que consegue compreender.

Cada um cria a sua realidade de acordo com suas memórias.

Tudo o que acontece em nossas vidas, absolutamente tudo, é o que é necessário para nossa evolução.

Liberdade de escolhas? Sim a temos.

Ainda não plenamente, mas temos.

Aproveite e faça boas escolhas.

Está fazendo ou fez más escolhas? Sem problemas, assim se constrói os sábios. Siga adiante.

Seja grato. A gratidão é o último estágio de agradecimento por ter recebido algo em sua vida!

Abraços fraternos

Dr Milton Moura.