Existe a cura?

O que é a cura?

Hoje percebo que a cura está dentro de cada um. É um trabalho de reeducação. É um trabalho de autotransformação. É um trabalho que exige um poder de causa proveniente do espírito.

Tenho realizado algumas reflexões, conversas e palestras sobre o binômio saúde e doença. Utilizado da ciência para estabelecer uma possibilidade de comunicação entre o sutil e o manifesto. Essa comunicação é possível, pois a não localidade quântica estabelece essa possibilidade de comunicação entre os corpos sutis e o corpo físico.

O espírito escolhe, ou melhor, a consciência escolhe.

Temos “temas” a serem educados e necessitamos dessa educação para expandir e possibilitar a conquista de novos “ares”.

Hoje compreendo que há conhecimentos conhecidos. São coisas que sabemos que sabemos. Há desconhecimentos conhecidos. Ou seja, coisas que sabemos que não sabemos. Mas também há desconhecimentos desconhecidos. São coisas que não sabemos que não sabemos. Estamos em evolução dinâmica contínua. Precisamos ir adiante.

Por ser médico, compreendo a dor como um tipo de sintoma e os diversos sintomas com um alerta da alma para o corpo físico de que há aspectos que estão lhe faltando. Falta algo para a alma. O que será que está me faltando para que esse sintoma esteja presente em minha vida?

Aliviar os sintomas também é necessário, mas não é completo.

O trabalho com a autotransformação se faz necessário. Esse é mais dispendioso em questão de energia mesmo, mas é mais eficaz. Todo sintoma torna o Homem honesto. 

É uma oportunidade de autoconhecimento e autoconsciência. Passar essa responsabilidade para outro talvez ainda se compare a metáfora do carro com problemas que acende uma luz vermelha no painel e o levamos ao mecânico (médico dos carros) e ele simplesmente retira a luz vermelha do painel. Não resolveu o problema, apenas aliviou o sintoma. 

Assim somos nós com nossos temas, com nossos sintomas, com nossas “doenças”. Há uma necessidade de aprofundar e mergulhar na alma para reencontrar com aquilo que está nos faltando. Precisamos nos tornar completos.

Estamos ainda engatinhando no que se refere a compreender o que é a cura. Sabemos que a participação do “doente” em evolução seja fator decisivo. 

Despertar nele a necessidade de autotrasnformação. Despertar nele a necessidade de querer fazer escolhas diferentes e saudáveis. Despertar nele a capacidade de transformação. Fazemos isso em nossa comunidade, talvez ainda de maneira incipiente, mas o eixo que orienta os trabalhos do dia a dia é o despertar de consciências para a autotransformação. 

É a educação. É o estudo. É o reequilibrio energético que proporciona novas oportunidades de fazer o diferente em termos de comportamento. Nós não oferecemos a cura para nossos assistidos. Nós os fazemos compreender, ou pelo menos tentamos, a necessidade do porquê ser a “doença” uma ferramenta a sua disposição para atingir a cura.

Temos que confiar na medicina, mesmo sendo a medicina que ainda não valorize o sutil, mas que em breve conseguirá transcender e incluir. O trabalho de integrar ciência e espiritualidade passa pela mudança de paradigma. Mudar paradigma não é tarefa fácil.

Abraços fraternos!

Dr Milton Moura

5 comentários em “Existe a cura?

  1. Dr. MILTON MOURA , gratidão por compartilhar algo tão profundo e singular sobre a CURA.
    Concordo plenamente com cada palavra nesse texto.
    De acordo com a área sistêmica, o Incluir tudo e todos que foram excluídos em algum momento é imprescindível para a lei do pertencimento ser levada em consideração e o equilíbrio ser resgatado.

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    1. Olá Livia!
      Todo processo de mudança requer a participação da mente consciente. Tornar-se consciente dos processos inconscientes é fundamental. Informações, conhecimento, cognição é a linguagem do cérebro. Sentimento, emoção é a linguagem do corpo. Há necessidade de conhecer ambas as linguagens.
      Cada pessoa tem seu tempo de despertar. Isso é pessoal e intransferível.
      Abraços fraternos.

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