PERCEPÇÕES, COMO PERCEBEMOS O MUNDO?

Já aprendemos que criamos um ciclo entre pensar e sentir. Inicialmente sinto o que estou pensando, posteriormente penso o que estou sentindo. Isso repetidas vezes durante a vida cria o ESTADO DE SER. Todas as vezes que pensamos (Lembram: 60.000 a 70.000 pensamentos/dia) produzimos uma química em nosso cérebro. Nesse instante, estamos passando por uma experiência. Estamos tendo uma ATITUTE. Portanto, pensamentos e sentimentos criam as nossas atitutes. São nossos posicionamentos perante as circunstâncias da vida, perante os contextos. Quando temos uma atitute, isso reflete um pouco daquilo que pensamos e sentimos. As atitutes repetidas vezes durante  a vida reforçam-se e formam nossas crenças. As crenças incluem as atitutes que incluem os pensamentos e sentimentos. As crenças são exteriorizadas e moldam a percepção  da vida. Percebemos o mundo segundo nossas crenças, atitutes, pensamentos e sentimentos. As percepções coordenam nossas escolhas, nossos relacionamentos, nossas criações (você cria a sua realidade) e nossos comportamentos.

Pensamentos e sentimentos forma as memórias. Para que haja memória é necessária a percepção. Para que haja percepção é necessária a memória. Percepção exige memória e memória exige percepção. Percebo um lápis porque em algum momento da minha vida estive em contato com tal objeto que foi nomeado e memorizado a sua forma, contorno, estrutura que representa o lápis. Todas as vezes que entro em contato com um lápis eu sei o reconheço porque já o memorizei em minha massa cinzenta no passado. Bom, para existir a memória do lápis, esse mesmo lápis teve que ser percebido pela primeira vez. Olha aí uma circularidade sem fim. Percepção exige memória e a memória exige percepção. Não há solução para esse enigma se ficarmos no mesmo nível do problema. Veja um exemplo com a lingua portuguesa. Quando afirmo: EU SOU MENTIROSO. Se eu estiver falando a verdade significa que estou mentindo. Se eu estiver mentindo, significa que estou dizendo a verdade. Como resolver essas circularidades? Só há uma solução: SAIR DO SISTEMA que a criou. A lei de causa e efeito newtoniana está comprometida. Ela não consegue identificar o agente causal.

A relação entre cérebro e mente segue o mesmo tipo de raciocínio paradoxal. A mente cria o cérebro ou é o cérebro quem cria a mente? Sem cérebro não haveria mente. Sem a mente não haveria um cérebro. Cérebro e mente estão tão unidos que definimos mente como sendo o cérebro em ação. Mas onde quero chegar com tudo isso? Adivinhem? Acertou quem respondeu: CONSCIÊNCIA. A física quântica trouxe para a equação a consciência. A consciência cria a realidade. Para exemplificar isso vou recorrer a uma figura de Escher. Ela traduz muito bem o que estamos conversando. Nessa figura há a mão direita e esquerda desenhando-se. Quem está desenhando quem? A mão direita desenha a esquerda ou é a esquerda que desenha a direita. Se ficarmos presos ao sistema que gerou a dúvida não vamos encontrar o verdadeiro agente causal. A causa está fora do sistema. Quem na verdade desenha é o autor (pintor).  Ele o faz simultaneamente. O pintor está fora do sistema e ele é o real “causador”, pois ele desenha ambas as mãos. A mesma analogia pode ser feita com relação a memória e percepção. É a consciência quem cria ambas, simultaneamente. Ela está fora do sistema cérebro/mente. A consciência cria ambas e nesse momento ocontece algo incrível: surge, no momento da percepção, o “EU” da ação. Emerge o sujeito da ação que percebe os objetos. Complicado? Talvez, mas é isso que acontence. Em toda percepção temos um sujeito que percebe e um objeto que é percebido. O objeto é externo a percepção e o sujeito é interno a percepção. Esse “EU”, portanto, é nada mais nada menos que a identificação da consciência com o cérebro/mente durante a percepção do mundo.

Pensamentos e sentimentos (Memórias) levam a ATITUDES. Atitutes repetidas vezes levam a formação de nossas CRENÇAS. As crenças coordenam as PERCEPÇÕES. Memória e percepção são criadas pela consciência. Nesse processo surge o “EU” sujeito da ação. Dessa forma estamos vivos. O cérebro é o instrumento da consciência. Estudar o cérebro é estudar a consciência. São as percepções do mundo que coordenam as escolhas, os relacionamentos, a criação da nossa realidade pessoal e dos nossos comportamentos. Viram como é importante o pensamento. O pensamento como uma onda de possibilidade quântica é uma das possibilidades de escolha da consciência. podemos aprofundar um pouco mais essa análise. A consciência é a base de tudo. A consciência expressa-se por meio das suas possibilidades de escolha. Vejam agora um cenário integral. Temos aspectos pessoais internos: pensamentos e sentimentos. Isso é particular. Isso é interno. Temos aspectos pessoais externos: comportamentos. isso pode ser observado por outros. Temos uma biologia que permite expressar um comportamento. Temos aspectos coletivos internos: relacionamentos, cultura, paradigmas, etc. São aspectos em comum que podem ser compartilhados. Temos, finalmente, os aspectos coletivos externos: sistema político, sistema econômico, etc. São aspectos coletivos comum a todos. A consciência tem todos esses 4 aspectos a cada momento da sua percepção. Necessitamos expandir nossa compreensão sobre tudo. Temos níveis de compreensão. Temos estágios a serem desenvolvidos e conquistados. Temos “linhas” de desenvolvimentos (Inteligências múltiplas) a serem evoluídas.

Tudo isso converso em nossos Workshops. Nos momento de prática de meditação, promovemos uma expansão do foco da consciência percorrendo todos esses aspectos envolvidos na sua realidade. Através do poder do pensamentos conseguimos criar uma realidade diferente, pois o cérebro não sabe a diferença entre realidade e imaginação. Se modificar o externo as vezes é muito mais difícil, podemos mergulhar dentro dos nossos aspectos internos e modificá-los. No fim, percebemos que tudo ao redor muda. Pois o ambiente é uma extensão da mente. Mudar segurando o passado é impossível. Temos que deixar ir o passado, criar um novo nível mental e comandar e recondicionar o corpo a obedecer aos comandos dessa nova mente. Tudo promovido pela consciência que trará novas percepções, novas memórias, novas crenças, novas atitudes, novos sentimentos e novos pensamentos.

Abraços fraternos

Dr Milton Moura

3 comentários em “PERCEPÇÕES, COMO PERCEBEMOS O MUNDO?

  1. O meu despertar aconteceu após conhecer o paradígma quântico. Acredito que consegui dar um saltinho quântico, mesmo sem entender quase nada da física newtoniana.
    Continue no seu abnegado trabalho, Dr. Milton, pois haverá uma grande revolução no mundo, quando a humanidade acordar para a Física Quântica. Gratidão,
    Annete

    Curtido por 1 pessoa

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