GENES, COMO ELES SÃO SINALIZADOS?

      

 

 O cérebro permite três funções: pensar-fazer-ser. Temos três cérebros em um. Lembram do post anterior sobre hábitos? Fazemos isso o tempo todo. Estamos vivos! A partir de um único pensamento, desencadeamos uma sequência de eventos informacionais que chegam aos genes localizados no interior das células. Aqui está uma das chaves importantes no quebra-cabeça da origem das doenças. Precisamos compreender quais são essas informações? Qual o “teor” de energia, qual o teor de informação que estão sinalizando os nossos genes? Isso é muito importante entender! É uma informação para a transformação pessoal. Acompanhem-me!

Uma comunicação é estabelecida entre a linguagem do cérebro (pensamento) e a linguagem do corpo (sentimento) com nossas células, especificamente com nossos genes. Hoje já ultrapassamos a ideia do determinismo genético. Já ultrapassamos a supremacia do DNA. O DNA é extremamente importante para a expressão da vida biológica. É uma verdadeira biblioteca com informações prontas para serem utilizadas. Agora, podemos raciocinar não mais como vítimas do DNA, mas sim como participantes ativos do nosso destino. No início do ano 2000, o projeto genoma descobriu todos os nossos genes. São cerca de 23.000 genes. Apenas 23.000 genes? Sim, esse também foi o espanto dos pesquisadores. Esperavam encontrar cerca de 140.000 genes. Por que? Porque o número de proteínas que possuímos é aproximadamente 140.000. O raciocínio, ou a lógica da época, era que cada proteína era expressa por um único gene. Entenderam o espanto? Temos apenas 23.000 genes para 140.000 proteínas em nosso corpo. Como explicar isso? Eis que surge um novo ramo da genética chamada EPIGENÉTICA

Epigenética pode ser entendida de forma simples como a parte da genética que estuda os diversos tipos de sinalização ao gene. Estuda as informações que chegam ao gene e o que deve ser expresso. Ou seja, qual proteína deve ser sintetizada. O corpo humano é uma máquina de produzir proteínas. As células do pâncreas produzem insulina, a pele produz elastina, o estomago produz enzimas, o fígado produz transaminases e assim por diante. O corpo humano  produz proteínas que, em última análise, é a própria expressão da vida. A ciência genética deu e dá muita enfâse no que ocorre depois que o gene é sinalizado. Isto é, estudam, e muito bem estudado, a “expressão” do DNA. Estudam as proteínas que eles produzem. Até então, pouco valor deram ao que está sinalizando o gene para o seu funcionamento. Hoje a epigenética estuda essa sinalização. Estuda o que há no externo do gene que o faz “funcionar”, “ligando” ou “desligando” genes. Essa é a forma como nossos genes trabalham. Eles podem, de forma bem simples, serem ligados e desligados, isto é, expressar uma proteína ou não. Precisamos, então, entender essa tal sinalização e constatar que temos uma partcipação ativa nesse processo. Vejamos então!

Fazendo uma analogia com o cérebro e seus 100 bilhões de neurônios, os 23.000 genes que possuímos também apresentam a capacidade de “geneplasticidade” (acabei de inventar esse termo). O que é isso? O cérebro possui “neuroplasticidade”. Cada neurônio é capaz de realizar 5.000 conexões com outros neurônios. O número de conexões que nosso cérebro pode realizar é um número muito grande, mas muito grande mesmo. Diria que maior que número de estrelas que conhecemos. Pois bem, seguindo essa analogia, um único gene é capaz de produzir 35.000 combinações diferentes. Olha que interessante isso! Um gene pode produzir um número grande de proteínas, dependendo de como é sinalizado. O ligar e desligar de genes é capaz de estimular ou inibir a produção de algumas proteínas. Agora vem um questionamento que acredito já estar em sua mente. Quais são os sinalizadores dos genes? O que sinaliza os genes e o seu consequente funcionamento? Vamos pensar sobre isso? Estão juntos comigo ainda? Vamos adiante!

Estamos dentro de um campo quântico de infinitas possibilidades. Esse campo quântico é interconectado. É inteligente. Dele nascem as partículas elementares. Dele nasce a matéria. Dele nascem os pensamentos. Dele nascem os neurotransmissores. O neurotransmissores “afloram” na matéria ao toque de um pensamento. Pensem em energia. Facilita a compreensão. Associem energia com teor informacional. Nossas emoções são também energia. São informações. Uma energia(informação) que circula através do sistema nervoso autonomo e circulação sanguínea. Quando hormônios ou neuropeptídeos (ligantes) acoplam em locais específicos na parede de uma célula (receptores) forma-se um complexo ligante-receptor. Esse é o sinalizador do genes. Esse complexo também é conhecido como molécula da emoção (Candace Pert). Essa sinalização desencadea toda a expressão genica. O ciclo entre pensar e sentir forma o Estado de Ser. Lembram? Post anterior sobre hábitos (recomendo sua leitura). Em última análise, o Estado de Ser sinaliza os genes. A sua personalidade cria a sua realidade pessoal.

Aqui, nesse ponto de nossa compreensão e raciocínio, abre-se uma grande oportunidade para ações terapêuticas. Percebe-se que a personalidade cria a realidade pessoal. Para uma mudança, para uma real transformação pessoal, há necessidade de mudar a forma como estamos criando nossa realidade pessoal. O que é personalidade? É um conjunto formado pela maneira como pensamos, como nos comportamos e como sentimos. Você concordaria comigo que para mudar nossa personalidade teríamos que mudar a forma como pensamos, a forma como nos comportamos e sentimos? A rotina estabelece uma maneira habitual de pensar. Cada pensamento produz uma química específica no cérebro. Essa química (neurotransmissores) produz uma cascata de efeitos que nos fazem agir e sentir. Isso repetidas vezes forma nosso Estado de Ser. Lembram? Pensar-fazer-ser. O Estado de Ser, em última análise, é a maneira como você está sinalizando seus genes. Eles podem estar sendo sinalizados exaustivamente da mesma maneira e você mesmo está traçando seu destino genético. 

No próximo post vou explicar como a metacognição pode auxiliar no processo de transformação do Estado de Ser. Como a meditação pode recondicionar o corpo a uma nova mente. Como podemos treinar nossa capacidade de pensar sobre o que estamos sentindo. Como podemos nos transformar em alguém diferente daquele que somos hoje e isso ser capaz de sinalizar novos genes, ou ligar e desligar genes, criando uma nova sequência, uma nova combinação e atingirmos um estado de saúde melhor com proteínas mais saudáveis. Essa é a proposta dos Workshops que começo a organizar. Despertar a sua capacidade de pensar diferente e criar uma nova mente  e ensiná-lo como recondicionar o seu corpo aos comando dessa nova mente. Para isso você deve superar o seu corpo, você deve superar o seu ambiente e também superar o tempo. Você deve atingir um estado de criação. Ser capaz de exercer a sua capacidade de criatividade e ficar longe dos hormônios do stress prolongado. Aguardem. E, se possível, participem dos Workshops. 

Abraços fraternos

 

 

Um comentário em “GENES, COMO ELES SÃO SINALIZADOS?

  1. Fantástica explicação, estudar, trabalhar, orar e vigiar nossos pensamentos e sentimentos.
    Saltos exponenciais ….
    Grata

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